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  • Dr Giovanni Marchini

Minha família toda tem cálculo renal. Isso é genético?


Essa é uma dúvida muito frequente no consultório de qualquer urologista. E a resposta nem sempre é tão óbvia. Logicamente, há pessoas que possuem uma predisposição maior a algumas doenças devido à sua linhagem familiar. Mas isso não significa que uma patologia vai ou não ocorrer por esse motivo.


Explico: as doenças muitas vezes só ocorrem quando o risco genético se soma ao risco ambiental, ou comportamental. Exemplo: há famílias que possuem maior predisposição a ter câncer de bexiga, mas o indivíduo só o desenvolverá se começar a fumar. Outro exemplo: Uma pessoa pode ter familiares com doença articular de Gota, mas só a desenvolverá se ingerir quantidades altas de cerveja ou carne vermelha. E por aí vai...


No caso dos cálculos renais, a maior parte das famílias portadoras de pedra no rim não possui nenhuma doença genética grave. O fator comum a esses indivíduos é a própria forma de se alimentar e estilo de vida (isso no geral, lógico que temos exceções). Se pais e avós estão acostumados a comer muito carboidrato e sódio, e são sedentários, há maior chance dos filhos se comportarem da mesma forma. Os costumes são em geral parecidos, e quando são saudáveis, ótimo, mas quando não são, aumentam o risco á saúde dos que seguiram os passos dos mais velhos.


Mas então não existem doenças genéticas que causam pedra nos rins? Sim existem! O mais comum é que nessa situação os acometidos por essa doença comecem a ter cálculos renais desde a infância, e não apenas na idade adulta. De forma genérica, são casos mais graves e de tratamento complexo.


Como faço então para saber que tipo de cálculo tenho e o que levou a isso? Bom, o segredo é investigar todas as causas com um médico urologista que entenda as diferentes fisiopatologias da formação de pedra de rim. Ele solicitará análise de seus cálculos mas focará a investigação na parte urinária fazendo uma avaliação completa de 24 horas.

Só assim pode ser feita a prevenção das pedras de rim e evitar episódios da tão temida cólica renal.


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Membro da Divisão de Urologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

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